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quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Confira mais uma poesia de Carla Franciele Martins


Meu olhar 

 Como dizia Machado de Assis

Olhos de ressaca

De cigana oblíqua e dissimulada

Um olhar travesso que destrói

Vem forte, como as Cataratas

 

Meus olhos vêem tudo

Puxam para dentro como um tsunami

Olhos dissimulados, sem censura

Olhos de amor, olhos com fervor

 

Esses meus olhos

Sim, são dissimulados, atrevidos

Encantadores, mas poderiam ser banidos

Meus olhos são olhos famintos

Famintos de amor, de sábios instintos

 

Carla Franciele Martins

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