Entre as cidades do Paraná,
Paranaguá merece um destaque todo especial, dadas as circunstâncias de como foi
fundada e, principalmente, quanto aos fatores sociais, econômicos, culturais e
religiosos.
Era o ano de 1550 (metade do
século XVI). São Vicente e Cananéia, vilas primeiras do Brasil, com uma
população intensa e alimentação mínima, estavam com a produção insuficiente
para o consumo interno de sua gente.
De canoas partem os aventureiros
(Domingos Peneda, Diogo de Unhate, velho bandeirante) e outros, ávidos de tudo
conhecer, e mais ainda. Encontrar meios de um sustento mais seguro.
Costeiam as praias de Ararapira e
Superagui e, em plena baía, ficam extasiados diante de tamanha beleza. Procuram
um lugar de pouso e, por intuição, acercam‑se da majestosa ilha fronteira ao
continente. Principiam logo a construir as primeiras habitações e fundam assim
um núcleo ao sopé do morro.
Isso significou o início do Paraná!
Ali, eles ficaram quase duas décadas, cheias de empecilhos e dificuldades. Fundando
o primeiro "arraial", trataram de conquistar a amizade da tribo
"carijó", que habitava toda a margem esquerda do rio "Taguaré"
(depois rio da Vila e hoje Itiberê).
Foi nessa histórica e secular
"Cotinga" que surgiu o primeiro povoado de brancos. Depois de 20 anos
de lutas e apreensões, passaram, esses heróicos pioneiros, à terra firme, na
costeira direita da baía. Acontece, porém, que a terra habitada por essa
valente tribo, já possuía o gracioso nome de "PERNAGOA" (grande mar
redondo), dado pela raça audaz. Nome que, com os anos, sofreu a corruptela de
PARANAGUÁ (Pernagoá—Parnagoá—Parnaguá—Paranaguá). Assim nasceu Paranaguá, assim
nasceu o Paraná.
Adaptado do livro: Paranaguá na
História e na Tradição
(Escrito por Manoel Viana)
Essa Aldeia, já então de brancos
e de índios, foi fundada durante a época da mineração, e com ela, a modesta
Capelinha consagrada a Nossa Senhora do Rosário, em 1578.
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