Conheça um pouco sobre uma das bandas com mais tempo em atividade no Brasil.... "Os Trepidantes", de Paranaguá ( Por Jorge Fujita).
A ideia de formar os Trepidandes , surgiu no final de 1966, das cabeças de três amigos inseparáveis: Rene Ainati, Mário Percegona e Jorge Fujita, em Paranaguá, litoral do Paraná.
Rene foi quem ajudou a financiar
os primeiros instrumentos da banda(conjunto musical na época). Mário conversou
com Sérgio Ochrimowicz (parceiro da época do Astronautas do Ritmo) e por fim,
foi convidado o colega das aulas de inglês, Ivo Maciel Jr. Estava composta a
primeira formação dos Trepidantes: Mário e Jorge(guitarra), Ivo(baixo) e
Sérgio(bateria).
Com pouca bagagem musical, os
primeiros ensaios, foram feitos numa sala comercial no Palácio do Café, onde o
amigo Ernesto Rodrigues trabalhava(o povo ficava curioso, sem saber de onde
vinha o barulho).
A primeira apresentação (1967),
foi na AABB de Paranaguá, com um repertório de pouco mais de 20 músicas(a
repetição de muitas músicas foram inevitáveis). Na época, o cachê foi de
CR$80,00 de onde foram separados 40 para o pagamento da prestação dos
equipamentos e 10 para cada um dos integrantes.
Após algumas apresentações, a
amiga e professora de piano, Deana Saraumi veio a reforçar o grupo com o seu
conhecimento musical assumindo a sua posição nos teclados(foi ela quem preparou
os integrantes para que pudessem obter as Carteiras de Músico Profissional,
necessárias na época).
Nessa fase a banda chegou a se
apresentar em Guarapuava em um Congresso de Estudantes. Devido aos problemas de
deslocamentos constantes à outras cidades, Deana deu lugar ao Walter Ney
Junqueira que assumiu a liderança da banda trazendo novas idéias para o grupo,
frutos da sua passagem por diversas bandas da capital.
Com as idéias de vanguarda e
pioneirismo do Fujita, os trepidantes ingressaram na era pscicodélica com jogos
de luzes, projeções de slides(muita coisa home made) e efeitos especiais,
trazendo para Paranaguá os primeiros pedais e câmara de eco(importadas do Japão
e Holanda).
Nessa fase, a mais movimentada do
grupo com as participações de Rene, Ernesto e Gelson Reis como empresários, já
era difícil de se conseguir um contrato com a banda, devido à extensa agenda
nos clubes de Paranaguá, Morretes, Antonina, Praias(época do Parque Balneário
de Caiobá) e Curitiba.
Com o falecimento do Sérgio
Ochrimowicz, Carlinhos (Aracajú) Máximo veio a substituir na bateria. Esta nova
formação continuou até a dissolução da banda. Cabe salientar que: Durante a
existência dos Trepidantes, tivemos as participações de Mário Oliveira, Roberto
Cordeiro, Chê Paraguayo, Neto Tramujas, Irmãos Prainha, Maestro Galetto,
Nivaldo Calado, Eloin Silva, Professor Mesquita e muitos outros que somavam
para as apresentações em eventos específicos.
Devido ao distanciamento dos
integrantes, motivados pelos estudos e trabalhos, os Trepidantes encerraram as
suas atividades no mês de janeiro de 1972 com a apresentação na sede campestre
do Clube Litterário. O grupo voltou a se reunir com integrantes mesclados com
outros músicos em 2010.
Desde então vem se apresentando
todos os anos no mês de Novembro em um dos dias que antecede a Festa do Rocio.
Exceto no ano de 2013, devido o falecimento do Ivo Petry Maciel Jr. Com o
retorno do Fujita do Japão em 2014, a banda voltou a se apresentar com o slogan
REENCONTRO, reunindo aproximadamente 500 amigos de diversos pontos do país e do
exterior.
No próximo dia 14, teremos o
REENCONTRO II, sempre no Clube Olímpico de Paranaguá. Desta feita, os
integrantes serão: Tabajara Santos(baixo), Zeca Pinho(guitarra), Adilson
Bornancin(teclado), Jorge Fujita e Mário Percegona(vocais), Walter Ney
Junqueira(teclado), Carlinhos Aracaju (bateria) e Nêne Kobiski(guitarra).
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