Iniciada em 2014, a Campanha Setembro Amarelo tem o objetivo
de prevenir e reduzir os casos de suicídio no país. Com iniciativa da
Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal
de Medicina (CFM), a ação tem o dia 10 de setembro oficialmente como o Dia
Mundial de Prevenção ao Suicídio.
“O Brasil é número dois em quadros depressivos e o primeiro em transtornos de
ansiedade. Os quadros depressivos mais graves e outros transtornos mentais
podem ser fatores de risco. As populações vítimas de discriminação como
LGBTQIA+, negros, indígenas, entre outros estão entre as mais propensas às
ideações suicidas”, relata o diretor de Saúde Mental da Secretaria Municipal de
Saúde, psicólogo Felipe Carvalho.
O profissional alerta que com o advento do período pandêmico, e seus efeitos
deletérios, a situação se agrava. “Há a necessidade de cuidados redobrados com
a saúde mental”, salienta.
“A prevenção começa com a postura pessoal de empatia e acolhimento daquele que
sofre, privilegiando a escuta sensível e sem julgamentos prévios”, observa
Felipe Carvalho.
O psicólogo ressalta que a ideação suicida, o uso abusivo de substâncias,
transtornos mentais, extrema vulnerabilidade social, podem ser considerados
fatores de risco para a tentativa de suicídio. “Ideação suicida, automutilação
(cutting), tristeza e desesperança persistentes também são sinais importantes”,
destaca.
Qualquer dúvida, sinal, necessidade de atendimento, a referência sempre é a
unidade básica de saúde mais próxima. O número 188 do Centro de Valorização da
Vida (CVV) é nacional e também é um canal para pessoas que queiram conversar
com profissionais.
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