Jovens e adultos estão tendo a oportunidade de continuar seus estudos. Na foto a professora Fatima Chaga com seus alunos |
A Escola Pindoty (localizada na Ilha da Cotinga) mantém uma turma da Educação de Jovens e Adultos - EJA, que, além de respeitar as tradições, tem compartilhado muito conhecimento. A escola busca preservar a cultura indígena há mais de 30 anos.
"Preservar as referências culturais dos povos indígenas significa que, ao reconhecê- los como parte fundadora da nossa condição nacional, estamos reafirmando nossas raízes e incluindo-os no campo de nossas políticas públicas". Ana Gita de Oliveira -DPI/Iphan.
A Escola Estadual Indígena Pindoty foi inaugurada no final dos anos 1980 através de solicitação do então cacique João da Silva.
O período da inauguração da escola coincidiu com o período de trâmite e aprovação da Constituição Federal de 1988, que passaria então a ‘assegurar’ uma educação escolar ‘específica’ e ‘diferenciada’ às populações indígenas.
O principal objetivo da comunidade indígena Pindoty em relação à escola naquele momento estava voltado à aprendizagem da Língua Guarani, que ocorreria através de um ensino bilíngue. Inicialmente a Escola Estadual Indígena Pindoty só ofertava o Ensino Fundamental I e após a conclusão desse ciclo as crianças ficavam sem opção de estudo, a menos que se deslocassem para a cidade.
Isso implicaria na necessidade de deslocamento marítimo. Segundo a pedagoga da escola, muitas das crianças que optavam por estudar na cidade acabavam sofrendo preconceito devido a identidade étnica.
Com a inauguração de um novo espaço escolar, que ocorreu em meados de 2017, ofertando a Educação Infantil e o Ensino Fundamental II, os adolescentes e jovens da comunidade tiveram a oportunidade de continuar os seus estudos.
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