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terça-feira, 23 de novembro de 2021

Será que foi só uma lenda?

 


Uma charmosa residência em Paranaguá reúne dois elementos que fazem parte de uma lenda:  O pinheiro e a palmeira.....

 

Diz a lenda:

Um forte e bonito guerreiro apaixonou-se por uma bela índia da sua tribo, eram Carijós, do Litoral do Paraná.

Seus dias eram alegres e envoltos de carinhos e mimos, até que...

Até que veio da capital um jovem guerreiro de outra tribo para conhecer a tribo do litoral, e foi aí que acabou a alegria do casal apaixonado.

Este jovem da capital encantou-se pela bela índia do litoral, e como todo vilão das histórias de amor, ele tentou conquistar a bela índia, mas não conseguiu.

Enciumado, ele retornou para sua tribo no planalto e pediu ao seu pai, o líder religioso da sua tribo, para fazer um feitiço contra o jovem casal do litoral.

Seu pai que mimava muito seu filho fez um feitiço, e transformou o jovem e belo casal do litoral em duas pedras.

Os índios da tribo Carijós choraram muito, e pediram a Tupã que desfizesse o feitiço do líder religioso da capital.

Ele disse que não poderia desfazer, mas que seria possível transformá-los em outros elementos, e a tribo aceitou.

Aconteceu que Tupã transformou o índio guerreiro do litoral em um pinheiro e o plantou no planalto e a bela índia numa palmeira e a plantou no litoral.

Diziam que quando o vento soprava do litoral para a capital, eram os beijos que a índia enviava para o seu amado e quando a chuva vinha da capital para o litoral, eram os carinhos do guerreiro para banhar a sua amada do litoral.

Quando se ama, pode passar o tempo que for, sempre há a possibilidade de um reencontro.

A força do amor os reaproximou!

Trouxe o pinheiro da capital e o colocou num jardim, em frente uma charmosa casa no litoral.

Sim, isto aconteceu em 1956, quando Luis Castilho, um comerciante da capital, veio a Paranaguá comemorar o primeiro ano do seu neto, filho mais velho da sua filha Geny Castilho Daitschman, casada com o simpático Moisés Daitschman.

Luis viu vários pinheiros ao longo da estrada, todos muito altivos, mas um deles lhe chamou a atenção.

Decidiu parar e observou que o pinheiro, mesmo sendo jovem não estava feliz.

Resolveu trazer o jovem pinheiro a Paranaguá, pois o ar marinho lhe faria bem e também seria um bom presente para o seu neto.

Acompanhados de perto por quatro gerações da família Daitschman, a “palmeira” e o “pinheiro” vivem muito felizes e próximos, basta uma leve brisa para que eles possam se amar e quem nos conta isso é a mais nova testemunha, o Tobi, o cão guardião, do já não tão jovem casal.

 

 Texto: Juciane Afonso

Fotografia: Christian Barbosa

Imóvel da foto: Família Daitschman

Um comentário:

  1. Querida Juciane. Acredite conheci a Sra Geny Castilho Daitchman quando já Idosa cantava com alta idade mas ainda com uma bela voz e irradiava alegria de viver. Era cuidada por um de seus filhos com todo o amor que ela desfrutava e retribuia, o acompanhando no seu trabalho de artista por nossa cidade onde tinha muitos amigos. Infelizmente ela já está mais entre nós. Incrível esta lenda da qual ela faz parte!!!

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