Uma charmosa residência em Paranaguá reúne dois elementos que fazem parte de uma lenda: O pinheiro e a palmeira.....
Diz a lenda:
Um forte e bonito guerreiro apaixonou-se por uma bela índia
da sua tribo, eram Carijós, do Litoral do Paraná.
Seus dias eram alegres e envoltos de carinhos e mimos, até
que...
Até que veio da capital um jovem guerreiro de outra tribo
para conhecer a tribo do litoral, e foi aí que acabou a alegria do casal
apaixonado.
Este jovem da capital encantou-se pela bela índia do
litoral, e como todo vilão das histórias de amor, ele tentou conquistar a bela
índia, mas não conseguiu.
Enciumado, ele retornou para sua tribo no planalto e pediu ao seu pai, o líder religioso da sua tribo, para fazer um feitiço contra o jovem casal do litoral.
Seu pai que mimava muito seu filho fez um feitiço, e
transformou o jovem e belo casal do litoral em duas pedras.
Os índios da tribo Carijós choraram muito, e pediram a Tupã
que desfizesse o feitiço do líder religioso da capital.
Ele disse que não poderia desfazer, mas que seria possível
transformá-los em outros elementos, e a tribo aceitou.
Aconteceu que Tupã transformou o índio guerreiro do litoral em
um pinheiro e o plantou no planalto e a bela índia numa palmeira e a plantou no
litoral.
Diziam que quando o vento soprava do litoral para a capital, eram os beijos que a índia enviava para o seu amado e quando a chuva vinha da capital para o litoral, eram os carinhos do guerreiro para banhar a sua amada do litoral.
Quando se ama, pode passar o tempo que for, sempre há a possibilidade de um reencontro.
A força do amor os reaproximou!
Trouxe o pinheiro da capital e o colocou num jardim, em
frente uma charmosa casa no litoral.
Sim, isto aconteceu em 1956, quando Luis Castilho, um comerciante da capital, veio a Paranaguá comemorar o primeiro ano do seu neto, filho mais velho da sua filha Geny Castilho Daitschman, casada com o simpático Moisés Daitschman.
Luis viu vários pinheiros ao longo da estrada, todos muito
altivos, mas um deles lhe chamou a atenção.
Decidiu parar e observou que o pinheiro, mesmo sendo jovem
não estava feliz.
Resolveu trazer o jovem pinheiro a Paranaguá, pois o ar
marinho lhe faria bem e também seria um bom presente para o seu neto.
Acompanhados de perto por quatro gerações da família Daitschman, a “palmeira” e o “pinheiro” vivem muito felizes e próximos, basta uma leve brisa para que eles possam se amar e quem nos conta isso é a mais nova testemunha, o Tobi, o cão guardião, do já não tão jovem casal.
Fotografia: Christian Barbosa
Imóvel da foto: Família Daitschman
Querida Juciane. Acredite conheci a Sra Geny Castilho Daitchman quando já Idosa cantava com alta idade mas ainda com uma bela voz e irradiava alegria de viver. Era cuidada por um de seus filhos com todo o amor que ela desfrutava e retribuia, o acompanhando no seu trabalho de artista por nossa cidade onde tinha muitos amigos. Infelizmente ela já está mais entre nós. Incrível esta lenda da qual ela faz parte!!!
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