A cacique Juliana Kerexu, da Aldeia Tekoa Takuaty da Ilha da Cotinga vem obtendo uma grande repercussão. Está concorrendo ao prêmio "Sim a igualdade racial" que vai passar no canal da MultiShow neste sábado, 29.
Desde Juliana aprendeu através da sua caminhada a luta em defesa da cultura Guarani |
Ela é indicada no pilar "educação" como inspiração. Juliana produziu recentemente um documentário sobre o jeito de ser e de viver de sua comunidade. A produção foi resultado da Lei Aldir Blanc colocado em pratica em Paranaguá pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.
O documentário foi produzido por Joice Cardoso, com edição e filmagem de Breno Oberdan.
Prêmio
O Prêmio Sim à Igualdade Racial nasceu em 2018 como uma
iniciativa do Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) de reconhecer e premiar
os principais nomes de pessoas, empresas, iniciativas e organizações que atuam
em prol da Igualdade Racial no país nas áreas de empregabilidade, educação e
cultura. Os premiados levam para casa a estatueta com a obra “Mad World” do
artista plástico Vik Muniz, que retrata um globo terrestre a partir de acontecimentos
importantes pelo mundo. Além disso, os vencedores vão ganhar uma premiação no
valor de 3 mil reais
Prêmio
2021 – Sim a Igualdade Racial
Juliana Kerexu
Juliana Kerexu é cacique da Aldeia Tekoa Takuaty na Ilha da
Cotinga, no município de Paranaguá – PR. Ela é mãe, artesã, professora e
educadora popular, palestrante, roteirista de documentários e contadora de
histórias.
De uma linhagem de mulheres extremamente fortes em sua
família, Juliana traz consigo a força, a poética inspiradora e o florescer das
Kerexus, filhas de Karai Ru Hete e Karai Xy Ete.
Desde criança aprendeu através da sua caminhada a luta em
defesa da cultura Guarani, dos direitos indígenas e principalmente dos direitos
das mulheres. Há mais de 15 anos é ativista neste meio e busca a garantia de
que todas as mulheres indígenas tenham seus direitos, espaços de fala e bem
viver assegurados.
Através do seu trabalho, busca tecer redes, fortalecer a
proteção do todo e sensibilizar para histórias e saberes do seu povo que não se
encontram nos livros.
Foi roteirista no documentário “Ko Yvy Ma Ndopa Mo’ãi – Essa
terra não vai terminar” em 2019 e recebeu menção honrosa pela Associação de
Cinema e Vídeo do Paraná.
Curadora na exposição “Nhande Mbyá Reko – Nosso jeito de ser
Mbyá-Guarani” (2019), do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade
Federal do Paraná, desenvolveu como artista e curadora a exposição itinerante
“Xondarias – mulheres Indígenas e suas histórias de existência, resistência e
resiliência” (2019) no Cine Passeio e no III Simpósio Brasileiro de
Desenvolvimento Territorial Sustentável. Ganhou da ONU Mulheres a menção
honrosa na categoria indígena pelo cultivo tradicional Mbyá Guarani (2020).
Parabéns!
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