Cerca de 70 estudantes e cinco docentes do curso de Pedagogia, do campus de Paranaguá, estiveram, nesta sexta-feira (16), na aldeia indígena Guaviraty, em Pontal do Paraná, para uma aula de campo. O objetivo da atividade é aproximar os acadêmicos com a cultura dos povos originários, para romper esteriótipos e preconceitos costumeiramente atrelados às comunidades. A visita faz parte da carga horária de extensão da disciplina de Pesquisa e Prática em Educação II, que trata das modalidades da educação indígena, quilombola e Educação de Jovens e Adultos (EJA).
A atividade integrou a Semana Cultural Nhãnde Rembi’u Ete’i,
promovida pela própria aldeia. Na oportunidade, os povos originários abrem as
portas do local para que escolas municipais e estaduais, universidades e
público em geral possam visitar o espaço e conhecer sua tradição. Para a
professora Alexandra Padilha Bueno, do colegiado de Pedagogia, a visita é “uma
oportunidade para que os estudantes conheçam o funcionamento da escola indígena
e das maneiras indígenas de educar as crianças, que ultrapassa a educação
formal”.
A professora relata ter sido uma interação bacana. “Pudemos
assistir a uma apresentação tradicional das crianças, em Guarani, também
realizamos uma roda de conversa com a equipe escolar da aldeia, cacique e
anciões”, comenta. Além da troca de experiências, os estudantes puderam
conhecer o artesanato indígena Guarani e compartilhar da alimentação da
comunidade, ao experimentar batata-doce na brasa, Mbya (pamonha Guarani), milho
assado e pão de milho.
Para poder participar da Semana Cultural, a aldeia solicitou
que os visitantes contribuíssem com doações. Neste caso, os estudantes e
professores da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), levaram sementes e
mudas para o plantio e inauguração da horta da escola da aldeia Guaviraty.
A aldeia promove a semana cultural todos os anos e essa foi
a primeira vez que a Unespar participou com um grande grupo de estudantes.
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