A obra demorou a se concretizar. Em 1864, o governo
provincial cobrava soluções do governo imperial, alegando que a construção do
farol era uma questão humanitária “porque poupará muitas vidas que podem
perecer por falta desta providência”. Novos estudos e orçamentos foram
realizados em 1867, pois o governo provincial tinha urgência do farol para
“evitar que os navios, durante a noite, larguem ferro no lugar onde o cabo do
telégrafo atravessa a barra”.
Em 1868, quando o vapor São Paulo, conduzindo 200 feridos da
Guerra do Paraguai, naufragou na Baía de Guaratuba, quando o seu destino era a
Baía de Paranaguá, a necessidade do farol se tornou mais evidente, pois à noite
era muito difícil se orientar na costa. Em 1870, o engenheiro Zozimo Barroso
foi incumbido, pelo governo imperial, de adquirir, na Escócia, vários faróis
para serem instalados no litoral brasileiro, dentre eles o farol da Ilha do
Mel, que seria idêntico ao farol de Itapuã (Bahia), ambos fabricados pela
empresa P & W MacLellan.
As peças do farol chegaram em Paranaguá em 1871 e as obras
de instalação ficaram a cargo do 1º tenente José Maria do Nascimento e o
engenheiro civil Júlio Álvaro Teixeira de Macedo. Para transportar as peças
para o alto do Morro das Conchas, o engenheiro solicitou ao Ministério da
Marinha o fornecimento de trilhos e de uma máquina a vapor. O farol foi
inaugurado em 1872.
A foto abaixo é de 1953, quando a Ilha do Mel já era
considerada o primeiro recanto turístico do estado do Paraná.
fonte: (1) Facebook
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