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segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Paranaguá se despede do artista Ciro Matoso



Triste notícia da partida do grande artista parnanguara Ciro Matoso aos 85 anos, neste 12 de agosto de 2019. Ciro Matoso completaria em 86 anos em outubro. Ao longo de sua vida sempre foi um artista muito dinâmico atuando em vários segmentos das artes.

O grande momento de sua vida aconteceu em 2010 quando  foi tema de um filme documentário premiado no exterior chamado Cinematoso o qual enfoca sua garra em fazer filmes sem recursos.
 Ciro sempre teve muita história para contar, pois lutava contra a falta de recursos desde os anos 70, quando fazia suas produções em super8, e mesmo assim conquistava prêmios em festivais. Uma das premiações foi na década de 70 com aparição da Virgem do Rocio.

Em 2017 ele foi enredo da escola de samba ponta do Caju. A agremiação mostrou toda a sua vida no carnaval trazendo Ciro no carro abre-alas.

Paralelo ao trabalho cinematográfico, ele também foi artista plástico realizando várias exposições individuais retratando as belezas de Paranaguá. Além disso também participava com frequência dos espetáculos da paixão de Cristo. Ciro Matoso deixa um grande legado cultural desenvolvido em Paranaguá.

Cineasta, ator, pintor, desenhista, escultor... Uma mente criativa que nunca parou.

De acordo com o amigo e escritor Julio Sampietro, Cyro Matoso recebeu no ano de 2001, o maior troféu de sua vida: O Bagrinho de Ouro! Este prêmio anual é dedicado às personalidades que mais se destacaram no cenário artístico e cultural do Litoral paranaense e é escolhido pela Fundação Municipal de Cultura local e é entregue em Curitiba, junto a outras personalidades que se destacaram na Capital e em todo o Estado.

Publicação do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá – IHGP em 21 de março de 2019:

Conhecido como uma personagem cultural, devido a sua cooperação para a história da cidade e à sua personalidade inquieta e travessa, se tornou um mestre de superação e improviso. O artista sempre dava um jeito para que suas ideias saíssem do papel e se transformassem em um novo filme. Além disto, criou carros alegóricos para os desfiles das escolas de samba no Carnaval. Uma de suas figuras mais lembradas foi um King Kong de oito metros de altura para a Escola de Samba União da Ilha.
Como se não bastasse, ele tem ainda um lado músico, e ganhou prêmios com suas composições em vários festivais.

Atualmente, apesar da idade avançada, continua a exercendo sua vocação, por meio de quadrinhos desenhados e pintados por ele, que estão sendo digitalizados pelo IHGP e serão transformados em um livro. “A gente tá ajudando ele a fazer essa organização das centenas de desenhos que ele tem, para produzirmos um livro sobre a vida dele. Por toda sua importância cultural ele merece ser lembrado e reconhecido como o grande artista e cineasta que é”, comenta Guadalupe Vivekananda, presidente do Instituto Histórico e Geográfico.

Um comentário:

  1. Christian, você disse que "ele se foi, mas não será esquecido". Então ele está merecendo uma placa de rua, ou avenida, não só em Paranaguá como também em Guaraqueçaba, onde ele nasceu. Abraços

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